quarta-feira, 31 de março de 2010

Contabilidade de Custos (Marcos Júnio)

Origem da Contabilidade de Custos

Tipos de Custos - Custos Fixos e Variáveis

A contabilidade surgiu junto com a Revolução Industrial motivando sua implantação a principio nas empresas industriais para apurar os custos dos produtos vendidos. Sua finalidade além de apurar os resultados era também fazer avaliação dos estoques, tomar decisões e etc. E logo em seguida ela foi aprimorada devido a grande concorrência entre as empresas.

Hoje ela pode ser aplicada na quase totalidade das empresas com maior ou menor complexidade. Baseando em experiências praticas em algumas áreas da Contabilidade, mostrarei a seguir de forma clara e sintética.

A começar pelos tipos de Custos, que são subdivididos em dois grupos.

O primeiro são os Custos Fixos que são aqueles custos que não variam em função de uma determinada quantidade produzida, podendo ser de produtos ou serviços. Logo se a empresa produzir mais ou menos os custos fixos existirão da mesma forma.

Estes custos podem ser separados em três níveis, os pessoais, administrativos e financeiros. E são formados geralmente por depreciações de máquinas, equipamentos, instalações, moveis e imóveis, veículos, aluguéis, vendas, estocagem, dentre outros.

O segundo tipo são os custos variáveis, que são aqueles custos que variam proporcionalmente em função das vendas, produção ou serviços prestados. São formadas pela matéria-prima, comissões, impostos de vendas, embalagens, despesas com recursos humanos, energia elétrica, gás, telefone, água, materiais de escritório, limpeza e conservação dos bens, entre outras despesas necessárias à manutenção da atividade produtiva, que não sejam contabilizadas no Ativo Permanente e sim diretamente na contas de resultados devedoras (despesas).

Em relação as fases de custeamentos as empresas a grosso modo podem ter três, sendo o pré-operacional, o de reestruturação e o operacional.

O 1º cujo custeamento é o pré-operacional são apurados os custos com a implantação da empresa, ou seja, até a fase operacional. Nessa fase os custos são lançados no grupo do Ativo Permanente e tendo o Diferido como subgrupo, na qual são lançados os custos a serem amortizados no futuro, isso durante a fase operacional.

O 2º custeamento é o de reestruturação e neles são apurados os custos de implantação das rotinas administrativas, vendas, novas máquinas e novas linhas de produção. Neles os custos serão rateados para exercícios futuros, isso também durante a fase operacional.

Por fim o 3º é o operacional, no qual são apurados as despesas e os custos utilizadas na manutenção da produção, que serão comparados com as receitas para apuração de resultados e os estabelecimentos dos índices desejáveis de rentabilidade e lucratividade.

Continuando a falar um pouco mais sobre custeamento, as empresas podem dividir em três centros, que são os da Administração, os da produção e vendas.

Os custos da administração podem ser acrescentadas aos custos das despesas e receitas financeiras, além dos custos de manutenção da burocracia empresarial, contabilidade, auditoria e etc. Não podemos esquecer os custos fixos relativos à depreciação dos bens móveis e imóveis, os gastos com aluguel, equipamentos e etc.

Também serão incluídos ao setor administrativo, geralmente por rateio, os custos variáveis como luz, gás, telefone, limpeza, água, conservação de bens e instalações, material de escritório, entre outros gastos pertinentes.

É importante também se destacar que as despesas e receitas são incluídas ao setor administrativo porque na maioria das vezes é atribuído a este setor o gerenciamento das aplicações financeiras das disponibilidades financeiras.

Em caso de gastos financeiros podem ser incluídos diretamente ao custo dos bens produzidos com a finalidade de comercialização.

Já os custos da Produção além dos conhecidos como matéria prima, insumos e outros, nestes serão ainda acrescidos os custos de estocagem da matéria prima, insumos, peças e componentes e também em processo de acabamentos, ou seja, semi-acabados.

Os custos de produção serão ainda incluídos os custos fixos relativos à depreciação dos bens móveis e imóveis utilizados no setor e os gastos com aluguel ou arrendamento mercantil de imóveis, móveis e equipamentos. Também serão incorporados ao setor, geralmente por rateio, os custos variáveis representados por despesas com luz, gás, telefone, água, limpeza, conservação de bens e instalações, material de escritório, entre outros gastos pertinentes.

Os custos de vendas são despesas que incidem diretamente sobre as vendas realizadas e, conseqüentemente, variam em função dos volumes alcançados. Como exemplo podemos citar os impostos sobre vendas, comissões sobre vendas, taxa de cartão de crédito sobre as vendas etc.

Na contabilidade de custos, a preocupação não é apenas com as formas de escrituração dos fatos, mas em mensurar, sistematizar e acumular os custos de um determinado produto, serviço ou atividade.

Vale ressaltar que o objetivo é prover o usuário (tomador de decisões) de informações relevantes e necessárias ao processo de tomada de decisão.

A avaliação dos estoques e apuração do resultado econômico através do controle de custos, cria condições para acompanhar o desempenho empresarial e vinculando as informações de custos ou vinculando a aplicação do ciclo da contabilidade de custos aos resultados pré-estabelecido.

Por Marcos Júnio

Leia Mais:

http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/custovendas.htm
http://www.netsaber.com.br/apostilas/apostilas/1029.pdf
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/custos-de-producao-uma-ferramenta-para-gestao/32111/
http://www.vemconcursos.com/opiniao/index.phtml?page_id=298 http://www.contabeis.ufba.br/materialprofessores/JSROCHA/PAGINA/06%20O%20CICLO%20DA%20CONTAB%20DE%20CUSTOS%20X%20BSC.pdf http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Vinagre/SistemaProducaoVinagre/custo.htm
http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=cus_definicoes

terça-feira, 30 de março de 2010

Vídeos sobre temática contábil e afins

Análise de Balanços
Contabilidade Geral

Contabilidade Gerencial
Contabilidade Internacional
Contabilidade Pública
Contabilidade Avançada & Teoria da Contabilidade
Mercado de Capitais

Saiba Mais

http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/contger_analisedebalanco.htm
http://www.sebraesp.com.br
http://www.portaltributario.com.br/tributos/icms.html
http://www.cosif.com.br
http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/contger_analisedebalanco.htm
http://www.administradores.com.br/informe-se/producao-academica/a-importancia-da-contabilidade-gerencial-para-micro-e-pequena-empresa/179/
http://www.eumed.net/ce/2009b/sfhdg.htm

FAQ

O que é Centro de Custo?

É uma unidade da empresa (uma secção, um departamento, uma pessoa ou um processo) com custos directos que lhe possam ser imputados. Além dos custos directamente associados, são-lhe também atribuídas determinadas percentagens dos custos gerais da empresa, permitindo assim isolar os custos totais de funcionamento dessa unidade.

O que é Custo?
 
São medidas monetárias resultantes da aplicação de bens e serviços na produção de outros bens e serviços durante o processo de fabricação, ou seja, é um conceito ligado diretamente ao processo produtivo, sendo que qualquer gasto não relacionado à produção não é considerado custo, custo e despesa, ditinguem-se pela sua natureza, a forma como será alocado o recurso e a finalidade proposta.

Por que preciso do contador para a minha empresa?

Porque a nossa legislação estabelece várias obrigações que as empresas devem cumprir, tais como: comerciais, tributárias, fiscais, trabalhistas, previdenciárias, etc., que só podem ser feitas por um contador habilitado.
Além da exigência legal, as informações contábeis são vitais para tomar decisões, elaborar o planejamento estratégico, controlar o patrimônio e apurar os resultados.

O que é Custo Unitário do Produto?

É o total dos custos referentes a cada unidade produzida.

O que é Gasto?

É sacrifício financeiro feito para obter um produto ou serviço.

O que é Desembolso?

É um termo da contabilidade financeira. Significa qualquer saída de fundo da empresa, mesmo as saídas transitórias, por exemplo, o empréstimo a um empregado, empréstimos financeiros ou adiantamento a fornecedores. O desembolso não é necessariamente considerado como custo.

O que é Despesas?

É gastos referentes às fases de administração, ao esforço de vendas e aos juros pagos por empréstimos obtidos. Em grande parte, despesas e custos coincidem, mas, há despesas que não são custos (despesas por reparação de danos provocados por catástrofes, despesas com alteração contratual da empresa, etc.) e por outro lado, custos que não são despesas.

O que é Investimento?

É utilização de recursos financeiros na compra ou manutenção de máquinas, equipamentos, utensílios ou bens móveis e imóveis. Com o decorrer do tempo, este investimento transforma-se em custo, devido à depreciação.

O que são Custos Fixos (ou Indiretos)?

São os que não variam em função de uma determinada quantidade produzida de produtos ou serviços. Assim, se a empresa produz mais ou menos, os custos fixos existirão na mesma proporção. Na verdade, existem algumas variações nos custos fixos. Isto ocorre quando se muda a estrutura administrativa, pessoal, técnica, ou até o nível de atividade da empresa.
Os custos fixos podem ser separados em três níveis, são eles: pessoais, administrativos e financeiros.

O que são Custos Variáveis (ou diretos)?
 
São os que variam em função de vendas, produção ou serviços prestados. Exemplos : matéria-prima, embalagens, comissões, impostos de vendas, frete sobre as vendas, mão-de-obra (diretamente ligada a produção ou prestação de serviços).

O que são Custos de Vendas?

É a soma de todos os custos que empresa incorre para realizá-la. É a soma de todos os percentuais de comissões, ICMS* sobre venda, IRPJ*, PIS*, COFINS*, CSLL*, e CPMF*.
São despesas que incidem diretamente sobre as vendas realizadas e, conseqüentemente, variam em função dos volumes alcançados. Por exemplo: impostos sobre vendas, comissões sobre vendas, taxa de cartão de crédito sobre as vendas etc.

O que são Critérios de Rateio? E como Utilizá-los?

Várias organizações geralmente se utilizam desses instrumentos técnicos para agregar a parcela dos custos fixos ao preço de venda. Esta técnica pode torna-se prejudicial à empresa, porque distorce os custos dos produtos ou serviços, acarreta a falta de competitividade da organização, tornando seus preços rígidos e prejudica a flexibilidade na negociação com os clientes. Existe, porém, uma forma de se evitar este tipo de problema na precificação do produto ou serviço.

Como é o Método do Custeio Direto?

É uma Técnica de apropriação de custos que considera simplesmente os custos diretamente ligados aos produtos ou serviços prestados, como sendo custos variáveis. Desse modo, pode-se encontrar a Margem de Contribuição, que mostra claramente qual a contribuição monetária de cada produto ou serviço ao conjunto da organização. Em síntese, tem-se:

MC = PV - CV
Margem de Contribuição = Preço de Venda - Custos Variáveis.
Ou ainda em forma de % :
MC% = ( ( PV - CV ) / PV ) x 100
Através da margem de contribuição pode-se verificar os produtos ou serviços que são mais ou menos lucrativos para a empresa, sem lançar mão de formas de rateio discutíveis. Inserir no preço de venda de uma bijuteria o valor do aluguel da loja ou até mesmo pró-labore, é correto ? Se feito, prejudicará todos os esforço de venda, em detrimento da falta de competitividade daquele produto em relação ao preço de mercado. Será que o cliente aceita margem igual para produtos desiguais? Cada produto deve ter um percentual de margem de contribuição que o mercado aceite pagar e não, simplesmente, um aumento ou majoração em cima dos custos variáveis.

O que é IRPJ ?

Imposto de renda de pessoa Juridica

O que é PIS ?

Programa de Integração Social (Federal), estão sujeitas a esta contribuição, sobre o faturamento, as empresas que comercializam, industrializam e prestam serviços de qualquer natureza, com uma alíquota de 0,65%. As entidades de prestação de serviços sem fins lucrativos, definidas como empregadoras, recolhem uma alíquota de 1% sobre folha de salários (embutido no preço).

O que é COFINS ?

É a sigla de Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. É um tributo cobrado pelo Governo Federal sobre a receita bruta das empresas para aplicação na Previdência Social.

O que é CSLL ?

Contribuição Social do Lucro Líquido (Federal), utilizando-se da mesma sistemática do IRPJ, a Contribuição Social é calculada com a aplicação de um percentual de 12% sobre um lucro também presumido de 12% recentemente alterada pela MP 1.807-2 de 03/1999, dando um resultado de 1,44% da receita bruta. Também a consideraremos como custo tributário variável. Esta sistemática só é válida para empresas que optem pelo regime de lucro presumido ou arbitrado. Haverá incidência da contribuição sobre o lucro líquido apurado em caso de opção da sistemática lucro real. (embutido no preço).

O que é IPI ?

Imposto sobre Produtos Industrializados (Federal), seus fatos geradores são a entrada do produto fruto de uma importação, saída do produto de uma indústria ou organização comparada a uma indústria. Considera-se industrialização qualquer processo que modifique a natureza, o funcionamento, a apresentação, a finalidade, ou até o mesmo o aperfeiçoamento do produto. O IPI é devido, independente da finalidade da mercadoria ou da operação que estiver submetida, tais como, venda, consignação, transferência, etc. Sua alíquota é variável, de acordo com a tabela de classificação dos produtos nela relacionados (TIPI). Se o produto adquirido for utilizado como insumo de fabricação ou para revenda, o mesmo gerará crédito na ocasião de sua compra. Caso se destine para imobilização ou consumo final, o imposto será considerado como custo tributário absorvido pelo adquirente (não embutido no preço).

O que é ICMS ?

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. (Estadual), tem como fato gerador a venda de mercadorias no comércio e na indústria, na importação, no fornecimento de bebidas, alimentação em bares, restaurantes, lanchonetes e similares, serviços de transportes interestadual e intermunicipal e de comunicações, e entrada de bens do ativo imobilizado (máquinas/equipamentos) oriundas de outros estados e DF. Por ter incidência sobre o preço do produto ou serviço, calculado por dentro, o preço já embute a parcela do ICMS. Na verdade o ICMS é um tributo não-cumulativo que tem como base de cálculo o valor agregado das mercadorias ou serviços. Isto quer dizer que se pode utilizar o crédito gerado em cada etapa da comercialização. As alíquotas variam para cada estado e de acordo com a política tributária estadual. No estado de Pernambuco as Microempresas, face à Lei Estadual nº 11.515 de 29/12/97, dispõem de um tratamento específico quanto ao ICMS. A base de cálculo é encontrada multiplicando-se as compras pelo percentual correspondente a 14,706%, daí aplica-se a alíquota interna que é de 17% encontrando o ICMS a recolher. Resumidamente pode-se multiplicar as compras pelo percentual de 2,5% para operações estaduais; nas operações interestaduais o percentual sofre um acréscimo de 5%, passando a alíquota para 7,5% (embutido no preço).

O que é ISS ?
 
Imposto sobre Serviços (Municipal), o imposto tem como seu fato gerador a prestação de serviços de qualquer natureza, com alíquota variável para cada município. Incidente sobre o preço de venda total. Não gera crédito (embutido ou não no preço - de acordo com a legislação municipal - Lei Municipal nº 15.563 de 27/12/91).

O que é CPMF ?

CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) é uma cobrança que incide sobre todas as movimentações bancárias, exceto negociação de ações na Bolsa, saques de aposentadorias, seguro-desemprego, salários e transferências entre contas-correntes de mesma titularidade.

O que é Fluxo de caixa e para que serve?
 
É um instrumento gerencial que controla e informa todas as movimentações financeiras (entradas e saídas de valores monetários) de um dado período – pode ser diário, semanal, mensal, etc. O fluxo de caixa é composto dos dados obtidos dos controles de contas a pagar, contas a receber, de vendas, de despesas, de saldos de aplicações, e todos os demais que representem as movimentações de recursos financeiros disponíveis da organização.
Serve para controlar os saldos ao longo da sua existência. Sem esta ferramenta, seria como o empresário administrar a empresa de olhos vendados.

O que é regime de caixa?
 
Consiste na contabilização das receitas somente por ocasião do seu efetivo recebimento e da contabilização dos custos e das despesas somente por ocasião do seu efetivo pagamento em moeda corrente.
 
O que é regime de competência?
 
É o que apropria receitas e despesas ao período de sua realização, independentemente do efetivo recebimento das receitas ou do pagamento das despesas.
Como exemplo podemos citar uma compra de mercadorias a prazo:
Se a compra ocorreu no mês de janeiro com pagamento em fevereiro, a despesa deverá constar nos registros de janeiro, embora o pagamento seja feito em fevereiro.
 
O que é Ponto de Equilíbrio?

É o valor que a empresa precisa vender para cobrir o custo das mercadorias vendidas, as despesas variáveis e as despesas fixas. No Ponto de Equilíbrio, a empresa não terá lucro nem prejuízo.

Como posso fazer a análise do Ponto de Equilíbrio?
 
Isso é uma valiosa ferramenta para estabelecer uma política de comercialização mais adequada para cada situação de mercado. Porém, existem algumas limitações nesta análise:

• A existência de vários produtos na linha de comercialização na qual cada produto possui uma margem de contribuição diferenciada, não havendo possibilidade do cálculo ser efetuado com base em quantidade como o PEQ.
• As sazonalidades não devem ser consideradas para ajustes da estrutura de custo da empresa, por representarem momentos específicos do comportamento comercial. Em vez disso, considere-se um dado histórico real representativo; e
• O Ponto de Equilíbrio representa a atividade mínima da empresa , e não a atividade desejada pelos sócio.

Como contratar um contador?


Evite contratar um profissional levando em conta somente o preço cobrado. Procure referências com amigos ou parentes sobre um bom profissional que lhes prestam, ou já lhe prestaram serviços.
Além de escolher um profissional adequado, é preciso também definir os serviços desejados. O contabilista pode, por exemplo, exercer funções de auditor, gerenciamento de RH, etc.
Você poderá também consultar o Conselho Regional de Contabilidade de SP - CRC. Uma vez escolhido o profissional, exija um contrato escrito que estabeleça todas as obrigações das partes, valor dos serviços, forma de pagamento, etc.

A micro empresa precisa fazer contabilidade?

A dispensa da escrituração contábil está prevista somente na legislação do Imposto de Renda, no que se refere aos tributos federais. Os demais dispositivos legais, tais como Código Comercial, Lei das Falências, Legislação Previdenciária, entre outros, continuam exigindo que as empresas mantenham sua contabilidade. A escrituração contábil atende à legislação e padrões estabelecidos pelas Normas Brasileiras de Contabilidade.

Confira a lei no endereço: LEI Nº 9.317, DE 5 DE DEZEMBRO DE 1996.

Posso fazer minha contabilidade sozinho?

É importante que você adquira conhecimentos de contabilidade. É difícil prescindir completamente do profissional contabilista, pois nossa legislação estipula várias obrigações comerciais, tributárias, fiscais, trabalhistas, previdenciárias, etc., algumas das quais requerem a presença desse profissional.

Quais são as responsabilidades do contador?

O contabilista responde pela veracidade das informações contábeis e financeiras da empresa, pelas obrigações de ordem legal e pelas assumidas contratualmente.
A natureza jurídica da responsabilidade pode ser contratual e extracontratual. A primeira se aplica ao profissional liberal, em que as obrigações fazem parte das cláusulas de um contrato e a segunda, se o profissional violar o dever legal, previsto pelas normas do Conselho Federal de Contabilidade.
Caso o contabilista pratique atos dolosos - com intenção, ou que assuma o risco de provocar danos à sociedade, ou terceiros - será responsável solidário com o empresário, isto é, respondem o contador e o empresário pelos prejuízos causados a terceiros.
Veja mais no Novo Código Civil (Art. 1.177, parágrafo único da Lei nº 10.406/02), Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo - CRCSP e a cartilha - A pequena empresa e O novo código civil e Gestão Contábil: Atribuições e Relacionamento com o Contador.
Evite contratar um profissional levando em conta somente o preço cobrado. Procure referências com amigos ou parentes sobre um bom profissional que lhes prestam, ou já lhe prestaram serviços.
Além de escolher um profissional adequado, é preciso também definir os serviços desejados. O contabilista pode, por exemplo, exercer funções de auditor, gerenciamento de RH, etc.
Você poderá também consultar o Conselho Regional de Contabilidade de SP - CRC. Uma vez escolhido o profissional, exija um contrato escrito que estabeleça todas as obrigações das partes, valor dos serviços, forma de pagamento, etc.
A dispensa da escrituração contábil está prevista somente na legislação do Imposto de Renda, no que se refere aos tributos federais. Os demais dispositivos legais, tais como Código Comercial, Lei das Falências, Legislação Previdenciária, entre outros, continuam exigindo que as empresas mantenham sua contabilidade. A escrituração contábil atende à legislação e padrões estabelecidos pelas Normas Brasileiras de Contabilidade.
Confira a lei no endereço: LEI Nº 9.317, DE 5 DE DEZEMBRO DE 1996.

Quais são as informações que a contabilidade pode fornecer para a análise e planejamento financeiro da empresa?

A contabilidade gera as seguintes informações: demonstração de resultados da empresa, fluxo de caixa, balanço patrimonial, entre outros. Por meio desses instrumentos se faz a análise da situação patrimonial da empresa e um planejamento financeiro adequado.

Quem é o responsável legal pela falência da empresa?

A falência é decretada por um juiz da comarca, e a massa falida administrada por um síndico, a quem compete a administração da sociedade enquanto durarem os seus efeitos. O síndico é a pessoa nomeada pelo juiz da falência.
A declaração da falência impõe ao falido (empresário) as seguintes obrigações, tais como:

- apresentar as causas determinantes da falência, quando requerida pelos credores;
- tratando-se de sociedade, os nomes e residências de todos os sócios, apresentação do contrato, se houver, bem como a declaração relativa à inscrição da firma, se for o caso;
- o nome do contabilista encarregado da escrituração dos seus livros comerciais;
- apresentar os livros (livro razão, livro diário, livro registro de duplicatas) e demonstrações exigidas pela legislação. A falta de apresentação dos livros e demonstrações exigidas pode sujeitar aos administradores o processo criminal;
- se o falido fizer parte de outras sociedades, deverá exibir o respectivo contrato.

Informe-se. Consulte seu advogado.

Quais são os tributos que a empresa deve pagar?

Os principais impostos e contribuições que devem ser recolhidos pelas empresas em geral são:
No âmbito federal:

- Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ;
- Contribuição Social sobre o Lucro - CSLL;
- Programa de Integração Social - PIS/Pasep;
- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins;
- Previdência Social - INSS;
- Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

No âmbito estadual:

- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e serviços - ICMS.
No âmbito municipal:

- Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS.

As empresas enquadradas no SIMPLES Federal também estão sujeitas a todos os tributos federais citados acima, porém consolidados em uma única guia, como se fosse uma cesta de tributos (IRPJ;PIS/Pasep;CSLL;Cofins;INSS).
Para as industrias, será acrescido 0,5 na alíquota devida do SIMPLES. Se houver convênio do Simples Federal com a prefeitura do seu município, o ISS, sempre que incidir, também estará nesta cesta.

Quais são os procedimentos para o registro das atividades da empresa?

Após definir a forma jurídica do empreendimento (Empresário Individual, Sociedade Simples, Sociedade Empresária), o empresário deverá formalizar as atividades do seu negócio, nos seguintes órgãos:

. Junta Comercial ou Cartório de Registro Civil da Pessoa Jurídica - onde se faz a busca do nome e se registra o Contrato Social (instrumento jurídico de constituição da empresa, que identifica os sócios, seus direitos e obrigações, área de atuação e capital social);
. Secretaria da Receita Federal - obtenção do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica);
. Secretaria da Fazenda Estadual -Inscrição Estadual para os contribuintes do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços);
. Prefeitura Municipal - Cadastro de Contribuinte Municipal e alvará de funcionamento (bombeiros, etc);
. Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental Ciência e Tecnologia - CETESB) - para os empreendimentos que realizam atividades poluidoras, como as indústrias, confecções, marcenarias, serralherias, etc;
. Vigilância Sanitária - somente as atividades nas quais se manipulam alimentos como: bares, lanchonetes, restaurantes e produtos farmacêuticos e odontológicos.

Até que dia devo pagar os salários de meus funcionários?

O salário dos funcionários mensalistas deve ser pago até o quinto dia útil do mês seguinte ao trabalhado.
Para os funcionários que recebem salário quinzenal ou semanal, o pagamento deve ser realizado até o quinto dia útil subseqüente.
Para pagamento de salário, o sábado é considerado dia útil.

Quem pode se inscrever na previdência social?

Todo trabalhador com carteira assinada é automaticamente filiado à previdência social e é chamado de segurado.
Para se filiar é preciso ter mais de 16 anos.
Quem trabalha por conta própria precisa se inscrever e contribuir mensalmente para ter acesso aos benefícios previdenciários. São segurados da previdência social: os empregados, os empregados domésticos, os trabalhadores avulsos, os contribuintes individuais e os trabalhadores rurais. Até mesmo quem não tem renda própria, como as donas-de-casa e os estudantes, pode se inscrever na previdência social.

Como calculo o período de duração de férias dos funcionários?

A CLT - Consolidação das Leis Trabalhista, preve a duração do período de férias nos artigos abaixo transcritos:
Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração.
Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:

I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas;
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.

§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço.

Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.

§ 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos.
§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez.

Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo.

§ 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva concessão.
§ 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos empregados.

Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador.

§ 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço.
§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares.

Como estabelecer o salário dos funcionários?

Informe-se junto ao sindicato patronal e dos empregados o valor (piso salarial) ajustado em acordo ou convenção coletiva. Solicite uma cópia do acordo ou convenção para seu arquivo. Verifique com outras empresas qual é o valor pago para o exercício daquela função.
Pode-se, também, buscar outras entidades como IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e DIEESE - Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos.

Como fazer um contrato de estágio?

O contrato de estágio, de acordo com a Lei nº 6.494/77, regulamentada pelo Decreto nº 87.497/82, deverá ser elaborado pela Instituição de Ensino ou agente de integração público ou privado (instituição que faz a intermediação entre empresas e instituições de ensino), através de instrumento jurídico firmado com a empresa interessada na concessão do estágio.
Além desse instrumento jurídico denominado "Termo de Convênio" entre a Instituição de Ensino e a empresa, deverá também ser firmado entre o aluno e a empresa, o "Termo de Compromisso" cuja elaboração competirá também à Instituição de Ensino ou agente de integração público ou privado.
Aconselhamos aos interessados em obterem mais informações uma consulta ao site do CIEE - Centro de Integração Escola Empresa.

Posso usar o banco de horas para compensar as horas extras?

Sim, é possível. Quando um empregado ultrapassa a jornada normal diária, a regra geral é o pagamento das horas excedentes (horas extras) com acréscimo de adicional extraordinário de no mínimo 50% (cinqüenta por cento).
Entretanto, o § 2º do art. 59 da CLT criou o banco de horas, no qual poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo (firmado entre a empresa e o sindicato dos empregados) ou convenção coletiva de trabalho (firmado entre sindicato dos empregados com o sindicato patronal), o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de 1 (um) ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de 10 (dez) horas diárias.
O banco de horas proporciona descanso ao empregado que trabalhou além da jornada normal e também permite que o empregador supra suas necessidades de trabalho nos períodos em que mais necessitar.

Como calcular a margem de contribuição?
A margem de contribuição é calculada da seguinte forma:

Preço de Venda - Custo da Mercadoria Vendida - Despesas Variáveis.

Exemplo:

- Preço de Venda = R$ 20,00 (100%) - Custo das Mercadorias Vendidas = R$ 12,00 (60%) - Despesas Variáveis = R$ 2,00 (10%) = Margem de Contribuição = R$ 6,00 (30%).

Leia Mais

http://pt.shvoong.com/exact-sciences/1669381-custos/
http://www.sebraesp.com.br/faq/marketing/planejamento_orcamentario_controles/custos_venda
http://www.direito2.com.br/acam/2004/set/8/o-que-e-cofins
http://www.sebraesp.com.br/faq/financas/procedimentos_controles/calcular_margem_contribuicao
http://pt.shvoong.com/exact-sciences/1669381-custos/
http://www.portaltributario.com.br/tributos/icms.html
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u320356.shtml
http://www.efetividade.net/2008/01/09/fluxo-de-caixa-instrumento-essencial-para-profissionais-independentes/
http://becocomsaidasebrae.wordpress.com/2009/04/22/o-que-e-fluxo-de-caixa/
http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=regcompe
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/415444/natureza-da-operacao
http://www.webartigos.com/articles/6148/1/Ponto-De-Equilibrio/pagina1.html
http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/centrodecustos

segunda-feira, 29 de março de 2010

Análise de Balanço

Sem dúvida, a utilização mais tradicional da contabilidade refere-se a análise de desempenho, medido pelo balanço patrimonial e demonstração de resultado do exercício, além de outras demonstrações auxiliares.

Não se avalia o desempenho de uma gestão apenas pelo resultado líquido do exercício (seja este lucro ou prejuízo), mas por uma série de componentes, indicativos da operação do negócio.

Tais indicativos se baseiam em “índices financeiros”, que nada mais são que fórmulas objetivas, medindo determinadas características da gestão.

Apresenta-se, a seguir, os principais índices financeiros. As siglas utilizadas são:

AC – Ativo Circulante
AP – Ativo Permanente
REOB – Receita Operacional Bruta
ROB – Resultado Operacional Bruto
ROL – Receita Operacional Líquida
PL – Patrimônio Líquido
PC – Passivo Circulante
ELP – Exigível a Longo Prazo

ÍNDICES DE RENTABILIDADE

GIRO DO ATIVO = REOB / Ativo Total

Indica qual a geração de receitas sobre cada R$ do ativo. Quanto maior o índice, maior a capacidade de geração de receitas, indicando um bom desempenho de vendas e/ou uma boa administração dos ativos.

MARGEM LÍQUIDA = Resultado Líquido / ROL

Utiliza-se este índice para avaliar a performance de resultado (lucro ou prejuízo) sobre a receita. Obviamente, quanto maior o índice (se positivo), melhor a margem.

RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO = Resultado Líquido / (PL Médio – Resultado Líquido)

A remuneração do Patrimônio Líquido, representando os recursos dos donos, é representada pelos resultados gerados. Se este índice for inferior a taxa de aplicação financeira (líquida de impostos) no período, significa um desempenho insatisfatório. Espera-se que qualquer negócio tenha um desempenho mínimo de 50% superior a taxa de aplicação financeira. Desta forma, se a taxa (líquida de impostos) de aplicação, ao ano, corresponde a 14%, então espera-se um retorno mínimo sobre o PL de 21%.

Nota: para as empresas que creditam TJLP sobre o PL a seus sócios, acionistas ou titulares, o respectivo valor deve ser adicionado ao resultado, para composição da rentabilidade.

ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL

PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS = (PC + ELP) / Ativo Total

Indica qual a “dependência” dos negócios em relação a recursos de terceiros (bancos, fornecedores, recursos trabalhistas e tributários).

Uma participação próxima a 1 denota insolvência e extrema dependência de terceiros. O ideal é que esta participação seja igual ou inferior a 0,6.

ENDIVIDAMENTO A CURTO PRAZO = PC / (PC + ELP)

Evidencia qual o nível de exigibilidade de curto prazo do endividamento. Não existe uma regra geral para determinar qual o ideal para este índice, mas quando menor for o mesmo significa maior “folga” em relação ás dividas e compromissos existentes.

IMOBILIZAÇÃO DO PL = AP / PL

Reflete o “engessamento” dos recursos próprios, pois quanto maior o índice, maior a dependência de terceiros para atender compromissos financeiros. Um índice menor que 0,5 é recomendável.

IMOBILIZAÇÃO SOBRE RECURSOS NÃO CORRENTES = AP / (PL + ELP)

Uma variante do índice anterior. Avalia qual o nível de imobilização em relação aos recursos próprios e de terceiros de longo prazo. Quanto maior o índice, maior a imobilização.

ÍNDICES DE LIQUIDEZ

LIQUIDEZ GERAL = (AC + RLP) / (PC + ELP)

Demonstra a “viabilidade” de médio e longo prazo dos pagamentos de compromissos já assumidos. O índice mínimo é 1. Abaixo de 1, indica problemas de liquidez.

LIQUIDEZ CORRENTE = AC / PC

Evidencia a capacidade de pagamento de curto prazo. Um índice inferior a 1 indica problemas prementes de liquidez.

LIQUIDEZ SECA = (AC – Estoques) / PC

Como os estoques tem uma característica de permanência nas atividades da empresa (pois são indispensáveis a maioria das atividades de produção e comercialização), este índice procura demonstrar uma “liquidez real”, mediante a realização de ativos ditos “financeiros” (que se realizam em caixa).

ÍNDICES DE REALIZAÇÃO FINANCEIRA

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO (PMR) = Média de Clientes x 365/REOB

Mede em quantos dias há o recebimento das receitas de vendas.

PRAZO MÉDIO DE ESTOQUES (PME) = Média de Estoques x 365/Custos das Vendas

Avalia o “giro” dos estoques, em dias.

PRAZO MÉDIO DE COMPRAS (PMC) = Média de Fornecedores x 365/Compras

Indica em quantos dias há o pagamento das compras efetuadas.

CICLO DE CAIXA = PMR + PME – PMC

Evidencia em quantos dias os recursos aplicados nas atividades operacionais demoram para retornar ao caixa. Quanto maior o ciclo, maior a necessidade de capitais para manter as atividades.

Leia Mais

http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/contger_analisedebalanco.htm

Siglas e abreviaturas do nosso dia-a-dia

Contribuições, Impostos, Taxas e Tributos

AIDF Autorização para Impressão de Documentos Fiscais

CAE Código de Atividade Econômica

CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

CC Código Civil (ou NCC – Novo Código Civil)

CCS Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro

CEAS Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social

CEI Cadastro Específico do INSS

CF Constituição Federal

CLT Consolidação das Leis do Trabalho

CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas

CND Certidão Negativa de Débito

CNES Cadastro Nacional de Entidades Sindicais

CNPJ Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica

COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

CPF Cadastro da Pessoa Física

CPMF Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira

CRF Certificado de Regularidade do FGTS

CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

CTN Código Tributário Nacional

DACON Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais

DAI Declaração Anual de Isento

DARF Documento de Arrecadação de Receitas Federais

DAS Documento de Arrecadação do Simples Nacional

DCTF Declaração de Contribuições e Tributos Federais

DIPJ Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica

DIPF Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física

DIRF Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte

DITR Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural

ECF Equipamento Emissor de Cupom Fiscal

ENADE Exame Nacional de Desempenho do Estudante

ENEM Exame Nacional do Ensino Médio

EPP Empresa de Pequeno Porte

FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

GARE Guia de arrecadação estadual

GFIP Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social

GNRE Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais

GIA Guia de informação e apuração do ICMS

GPS Guia de Recolhimento da Previdência Social

GRF Guia de Recolhimento do FGTS

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICMS Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações

IDH Índice de Desenvolvimento Humano

IGP-M Índice Geral de Preços Médio

IN Instrução Normativa

INPC Índice Nacional de Preços ao Consumidor

IOF Imposto sobre Operações Financeiras

IPC Índice de Preços ao Consumidor

IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

IPI Imposto sobre produtos industrializados

IPTU Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana

IR Imposto de Renda

IRPF Imposto de Renda da Pessoa Física

IRPJ Imposto de Renda da Pessoa Jurídica

IRRF Imposto de Renda Retido na Fonte (IRFonte)

ISS Imposto sobre serviços

ISSQN Imposto sobre serviços de qualquer natureza

ITBI Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis

LALUR Livro de Apuração do Lucro Real

LC Lei Complementar

LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias

LGMPE Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas

MP Medida provisória

MPE Micro e Pequena Empresa

EVA/MVA (Economic Value Added/Market Value Added – Valor Econômico Agregado/Valor de Mercado Agregado) é uma medida de desempenho que baseia-se na noção de lucro econômico ou residual, que considera que a riqueza é criada apenas quando a empresa cobre todos os seus custos operacionais e também o de capital.

NBC Normas Brasileiras de Contabilidade

NIRE Número de Inscrição no Registro de Empresas

OS Organização Social

OSCIP Organização da Sociedade Civil de Interesse Público

PIB Produto Interno Bruto (toda a renda produzida por um país)

PASEP Programa de Apoio ao Servidor Público

PFC Princípios Fundamentais de Contabilidade

PGDAS Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional

PIS Programa de Integração Social

PL Patrimonio Liquído

PLP Projeto de Lei Complementar

RAIS Relação Anual de Informações Sociais

RG Registro Geral (ou CI-Cédula de Identidade)

RICMS Regulamento do Imposto s/Circulação de Mercadorias e Serviços

RIR Regulamento do Imposto de Renda

SEFIP Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social

SELIC Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (juro equivalente à taxa referencial utilizado pelo governo federal)

SIEF Sistema Integrado de Informações Econômico-Fiscais

SIMPLES Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte

SINTEGRA Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços

SNIPC Sistema Nacional de Preços ao Consumidor

TIPI Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados

TJLP Taxa de Juros de Longo Prazo

TR Taxa de Referência

UF Unidade da Federação (os estados)

UFIR Unidade Fiscal de Referência

Leia Mais

www.shimohara.com.br/siglas.htm.htm
http://www.andima.com.br/imprensa/glossario.asp

Glossário

Análise Financeira: refere-se à avaliação ou estudo da viabilidade, estabilidade e lucratividade de um negócio ou projeto. Engloba um conjunto de instrumentos e métodos que permitem realizar diagnósticos sobre a situação financeira de uma empresa, assim como prognósticos sobre o seu desempenho futuro.

Amortização: Representa a conta que registra a diminuição do valor dos bens intangíveis registrados no ativo permanente, é a perda de valor de capital aplicado na aquisição de direitos de propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros, com existência ou exercício de duração limitada.

Ativo Circulante: Dinheiro em caixa ou em bancos; bens, direitos e valores a receber no prazo máximo de um ano, ou seja realizável a curto prazo, (duplicatas, estoques de mercadorias produzidas, etc); aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.

Ativo Diferido: Subgrupo de contas do Permanente que evidenciam os recursos aplicados na realização de despesas que, por contribuírem para a formação do resultado de mais de um exercício social futuro, somente são apropriadas às contas de resultado à medida e na proporção em que essa contribuição influencia a geração do resultado de cada exercício.

Ativo Permanente: Grupo de contas que englobavam recursos aplicados em todos os bens ou direitos de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. O Ativo Permanente era composto de subgrupos: Investimentos, Imobilizado, Intangível e Diferido. A partir de 04.12.2008 tal terminologia foi extinta pela MP 449/2008, passando a integrar o Ativo Não Circulante.

Ativo Não Circulante: São incluídos neste grupo todos os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. O Ativo Não Circulante será composto dos seguintes subgrupos:
Ativo Realizável a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível

Balanço: É um quadro (mapa, gráfico, etc.) onde é demonstrada a situação econômica/ financeira da empresa na data a que o balanço diz respeito. O balanço avalia a riqueza, isto é, o valor da empresa, mas não demonstra o seu resultado, apenas o apresenta em valor total, sendo a sua demonstração feita num outro documento chamado "demonstração de resultados". O balanço é composto por duas partes, que se encontram sempre em equilíbrio.O Ativo é igual ao Passivo mais o Patrimônio Líquido.

Balanço Patrimonial: É a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade.

Capital Social: É o valor previsto em contrato ou estatuto, que forma a participação (em dinheiro, bens ou direitos) dos sócios ou acionistas na empresa.

Carga tributária: É a relação entre o que o governo arrecada em impostos e a quantidade de riqueza produzida no país.

Contabilidade: É a ciência que estuda e controla o patrimônio, objetivando representá-lo graficamente, evidenciar suas variações, estabelecer normas para sua interpretação, análise e auditagem e servir como instrumento básico para a tomada de decisões de todos os setores direta ou indiretamente envolvidos com a empresa.

Contribuição Social sobre o Lucro: Embora apropriada como Despesas Operacionais, a Contribuição Social tem como característica o fato de depender da apuração de resultado positivo, ou seja, lucro, não sendo devida quando empresa incorrer em prejuízo.

Custeio Total: No Custeio Total todos os custos da exploração são contabilizados e são distribuídos pelas diferentes atividades. Neste caso todos os custos não específicos são distribuídos pelas actividades. O custo final unitário dos produtos inclui todos os custos da exploração. Ao vender os produtos acima do custo calculado o gestor está a garantir que cobre todos os custos da exploração.

Custeio Variável: No Custeio Variável apenas os custos variáveis são atribuídos às atividades. A totalidade de custos fixos é tratada como sendo custos não específicos. Ao vender os produtos acima do custo calculado o gestor garante a sustentabilidade de curto prazo das actividades - todos os custos variáveis estão cobertos. Do mesmo modo, um resultado de actividade positivo, neste caso, apenas garante a viabilidade da actividade a curto prazo.

Custeio Racional: É o modo mais sofisticado de custeio real e envolve um modo particular de cálculo de custos unitários de factores de produção com custos fixos.

Chave de Imputação:  é uma ferramenta para a distribuição de custos não específicos com base na sensibilidade do gestor, não se baseando em dados reais observados. Chama-se chave de imputação a todos os modos utilizados pelo gestor de distribuição de custos não específicos pelas atividades com vista à obtenção de um custeio total.

Custo: Gasto relativo ao consumo de bem ou serviço no processo de produção de outros bens ou serviços.

Custo das Vendas: É a despesa correspondente ao custo das mercadorias e dos produtos vendidos ou dos serviços prestados.

Custos diretos: São custos diretos aqueles relacionados diretamente com a produção do produto (bem ou serviço), no qual podemos ter uma medida fiel do gasto realizado. Por exemplo, a quantidade de matéria-prima utilizada na produção de um bem é algo mensurável. Podemos determinar o custo da matéria-prima utilizada na produção, mesmo que tenhamos vários produtos.

Custos fixos: São os custos incorridos para se fabricar o produto (bem ou serviço), que não têm relação com a quantidade produzida, ou seja, seu valor não varia mesmo que se produza mais ou menos bens ou serviços. Ex.: Aluguel da fábrica, manutenção, limpeza da fábrica etc.

Custo indireto: É o custo que não podemos determinar com precisão sobre cada produto, por isso ele é rateado ou alocado com base em algum critério. Por exemplo, não sabemos quanto de energia elétrica cada produto consome ao ser produzido. A energia elétrica da fábrica pode, então, ser rateada pelos produtos fabricados, com base nas quantidades produzidas ou em outro critério, como número de horas de mão-de-obra, por exemplo.

Custos Proporcionais: Custo que cresce, por ser variável proporcionalmente à produção; assim, por exemplo, se a produção aumenta em X, o custo aumentará sempre numa proporção percentual de X.

Custos variáveis: São custos que variam conforme a produção. Uma maior quantidade produzida implica em maiores custos, assim como uma menor quantidade produzida implica em uma redução dos custos. Ex.: Matéria-prima, mão-de-obra, energia elétrica da fábrica etc.

Deficit, déficit ou défice: É um termo da contabilidade de origem latina, que se caracteriza por um saldo negativo resultante de, em um orçamento, ter mais gastos, ou despesas do que ganhos, ou receitas. Tal orçamento é chamado de deficitário. Corresponde ao prejuízo em balanços de empresas não econômicas ou "sem fins lucrativos".

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido: é a demonstração contábil destinada a evidenciar, num determinado período, a movimentação das contas que integram o patrimônio da Entidade.

Demonstração das origens e aplicações de recursos - DOAR: como seu próprio nome indica, tem por objeto apresentar de forma ordenada e sumariada principalmente as informações relativas às operações de financiamentos e investimentos da empresa durante o exercício, e evidenciar as alterações na posição financeira da empresa.

Despesas: São gastos de administração, vendas, financiamento etc. não diretamente relacionados à atividade produtiva. Assim, o aluguel dos escritórios da empresa, ao contrário do aluguel da fábrica, é despesa. Os salários dos administradores e funcionários do escritório da empresa são despesas, assim como a energia elétrica do escritório, materiais de escritório etc.

Despesas Operacionais: São as despesas incorridas com a manutenção das atividades principais, podendo ser classificadas em despesas de administrativas, de vendas, gerais, financeiras, etc.

Despesas Não-Operacionais: São as despesas incorridas com as transações não incluídas nas atividades operacionais da empresa, principais e acessórias, tais como o valor contábil dos bens e direitos do Ativo Permanente, quando estes forem alienados, baixados ou liquidados.

Depreciação: Fenômeno contábil que expressa a perda de valor que os valores imobilizados de utilização sofrem no tempo, por força de seu emprego na gestão, perda de valor pelo uso.

Descontos Incondicionais: São parcelas redutoras do preço de venda, quando constarem da nota fiscal de venda, e não dependam, para a sua concessão, de evento posterior à emissão desse documento.

Estatística: é um conjunto de técnicas e métodos de pesquisa que entre outros tópicos envolve o planejamento do experimento a ser realizado, a coleta qualificada dos dados, a inferência, o processamento, a análise e a disseminação das informações.

Fundo de investimento: É uma forma de aplicação financeira, formada pela união de vários investidores que se juntam para a realização de um investimento financeiro, organizada sob a forma de pessoa jurídica, tal qual um condomínio, visando um determinado objetivo ou retorno esperado, dividindo as receitas geradas e as despesas necessárias para o empreendimento.

Gasto: Sacrifício financeiro com que a entidade arca para qualquer obtenção de um produto ou realização de um serviço, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).

Incentivos Fiscais: Fazem parte do conjunto de políticas económicas. Facilitam o aporte de capitais em uma determinada área através da cobrança de menos impostos ou de sua não-cobrança, visando o aquecimento econômico do respectivo território principalmente com capitais exógenos (de fora).

Índice de Rentabilidade: São responsáveis por medir o quanto uma empresa está sendo lucrativa ou não. O seu conceito analítico é, quanto maior melhor.

Impostos Incidentes sobre Vendas: São os tributos que integram o preço das mercadorias, produtos ou serviços prestados (ICMS, ISS, COFINS, PIS).

OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo): É uma organização internacional formada por países que são grandes produtores de petróleo. A OPEP foi fundada em 14 de setembro de 1960 e possui sua sede na cidade de Viena (Áustria).


Outras Despesas Operacionais: São as despesas incorridas com a manutenção das atividades acessórias, como a manutenção de prédios alugados, as perdas eventuais, as variações monetárias passivas, etc.

Outras Receitas Operacionais: São as receitas oriundas das atividades acessórias desenvolvidas pela empresa ou receitas auferidas de forma eventual, tais como receitas de aluguéis, rendimentos de participações societárias, reversão de provisão para devedores duvidosos, a receita de venda de sucatas ou aparas, quando eventuais, as variações monetárias ativas, etc.

Pacivo Circulante: são as obrigações que normalmente são pagas dentro de um ano: contas a pagar, dívidas com fornecedores de mercadorias ou matérias-prima, impostos a recolher (para o governo), empréstimos bancários com vencimento nos próximos 360 dias, provisões (despesas incorridas, geradas, ainda não pagas, mas já reconhecidas pela empresa: imposto de renda, férias, 13° salário etc.).

Participações nos Lucros: São as participações nos lucros atribuídas a terceiros, segundo disposição estatutária ou contratual, tais como a participação de debenturistas, de empregados, de administradores, de titulares de partes beneficiárias e dos institutos de previdência e assistência social dos empregados.

Preço de Transferência: é valor atribuído a um produto que é produzido numa actividade (por exemplo, uva) e utilizado numa outra actividade (por exemplo, vinificação).
 
Provisão para o Imposto de Renda: Sobre o Lucro Líquido das pessoas jurídicas, incide o Imposto de Renda, cuja base de cálculo é o Lucro Real, assim compreendendo o resultado do exercício ajustado pelas adições, exclusões e compensações prescritas ou autorizadas pela legislação do imposto de renda. Aplica-se a alíquota determinada na legislação para se determinar o valor da provisão para o Imposto de Renda.

Sistemática: é a ciência dedicada a inventariar e descrever a biodiversidade e compreender as relações filogenéticas entre os organismos. Inclui a taxonomia (ciência da descoberta, descrição e classificação das espécies e grupo de espécies, com suas normas e princípios) e também a filogenia (relações evolutivas entre os organismos). Em geral, diz-se que compreende a classificação dos diversos organismos vivos.

Sistema de Custeio Real: os preços de transferência são calculados com base em custos reais.

Sistema de Custeio Teorico: os preços de transferência não são obtidos com base nos dados da exploração, mas com base em dados externos.

Ratio: Termo latino empregado para designar as relações médias entre os diversos valores patrimoniais ou quocientes derivados de valores.

Receita Operacional Bruta: o produto da venda de produtos industrializados de produção da pessoa jurídica, nos mercados interno e externo;

Receita Operacional Líquida: É a receita líquida das operações principais desenvolvidas pela empresa, com a qual a empresa pode contar para cobrir seus custos e despesas e gerar o seu lucro.

Receitas Não-Operacionais: São as receitas provenientes de transações não incluídas nas atividades principais ou acessórias da empresa, como, por exemplo, a receita obtida com a venda de bens e direitos do Ativo Permanente, a reversão da provisão para perdas com a realização de investimentos.

Resultado Líquido do Exercício: Este valor deve coincidir com o saldo final da conta de Apuração do Resultado do Exercício, que foi transferido para o Patrimônio Líquido, através da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados.

Resultado Operacional Bruto: É o resultado das operações principais. Em se tratando de empresa comercial, também é conhecido como resultado com mercadorias, e, quando positivo, pode ser chamado de lucro bruto.

Resultado Não Operacional: Compreende a diferença entre as receitas não-operacionais e as despesas não-operacionais.

Vendas Canceladas: Representam anulações de valores registrados como receita bruta de vendas de mercadorias, produtos ou serviços.


Leia Mais

http://agrogestao.com/pgfga2/CD/index.html?bt5_sistema_de_custeio.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/glossario.htm
http://www.receita.fazenda.gov.br/srf.www/PessoaJuridica/IPI/dcp2003/Orientacoes/conceitos.htm
http://www.concursopublico.trix.net/CONTABILIDADE%20DE%20CUSTO.htm
http://www.shimohara.com.br/siglas.htm
http://www.ence.ibge.gov.br/estatistica/default.asp
http://www.sumare.com.br/noticias/noticia.jsp?id=82

Custos de Produção - Embrapa Uva e Vinho

Viabilidade Financeira


A análise financeira de uma agroindústria de processamento de uva inicia pela definição do volume de produção que a empresa pretende fabricar. Depois, calcula-se o investimento físico, definem-se e calculam-se os custos fixos, estimam-se os custos variáveis, projetam-se os custos totais, identificam-se os custos de comercialização e a margem de lucro, calcula-se o preço de venda, apuram-se as receitas e os resultados operacionais, projeta-se o investimento inicial, para finalmente, analisar a viabilidade financeira do empreendimento.


Como você deve ter percebido, para fazer a análise financeira o empreendedor vai precisar de um bom volume de informações e fazer uma série de cálculos matemáticos. Por isso, se você deseja realmente abrir sua própria agroindústria de processamento de uva, fique atendo ao roteiro, para análise financeira que iremos apresentar, a seguir.


Objetivos da análise financeira


A análise financeira tem como objetivos:


- identificar o investimento físico e financeiro do empreendimento;
- estimar o volume de produção da agroindústria;
- definir os custos dos materiais diretos e da mão-de-obra da empresa;
- calcular os custos fixos e de produção;
- projetar as receitas operacionais do negócio;
- montar a tabela de resultados operacionais;
- conhecer o valor do investimento inicial;
- avaliar a viabilidade financeira do empreendimento.


Além disso, os dados apurados na análise financeira, combinados com as demais informações já vistas anteriormente, dão condições ao futuro empresário para:


- aprimorar a idéia do negócio, tornando-a clara, precisa e de fácil entendimento;
- obter informações completas e detalhadas sobre o negócio que se pretende implementar;
- estabelecer, com base na explicitação da idéia, os pontos fortes e fracos do futuro empreendimento;
- proceder à negociação mais eficiente com fornecedores, financiadores ou futuros sócios, em conseqüência dessas definições.


Para realizar a análise financeira da agroindústria, é importante ter em mãos as seguintes informações:
- o tamanho do mercado consumidor, para projetar o volume de produção do futuro negócio;
- a noção clara dos preços, prazos de entrega e de pagamento dos insumos a serem utilizados no processo produtivo, para determinar o custo médio de processamento e comercialização dos produtos;
- a concepção clara do modelo de negócio, para determinar e orçar o montante de investimentos físicos e financeiros necessários à implantação do empreendimento;
- o mapeamento do mercado e quais os preços médios dos concorrentes potenciais, para se ter certeza sobre as possibilidades de implantação do negócio.


Riscos da atividade empresarial


É importante dizer que os procedimentos e os cálculos, que propagamos nesta parte de nosso estudo, não eliminarão os riscos inerentes a qualquer atividade empresarial, uma vez que a capacidade de assumir riscos é uma característica importante do perfil do empreendedor de sucesso.


Antes de passarmos para nossa análise financeira, vale um lembrete: os dados, informações, valores e situações criados não equivalem à realidade. Isso porque as mudanças verificadas, periodicamente, na economia brasileira, e o tempo decorrido entre o momento em que foram realizados os estudos e o momento em que você os utilizará, inviabilizam seu desenvolvimento em bases realistas.
Assim, os conceitos, cálculos matemáticos e o processo de desenvolvimento da análise financeira, apesar de identificarem o tipo de empresa, devem ser adaptados às necessidades de cada situação específica. Para isso, será necessário que o empresário realize uma pesquisa cuidadosa e identifique os valores reais, para os diferentes itens da análise financeira.
Os valores foram calculados em R$ 1,00 (excluímos os centavos) e foram arredondados para mais aqueles iguais ou acima de R$ 0,50 e para menos os abaixo de R$ 0,50.
A partir de agora, você acompanhará o desenvolvimento da análise financeira de nossa pequena agroindústria.


Volume de produção e investimento físico


O ponto de partida para o planejamento financeiro de nossa agroindústria de processamento de uva foi a definição de quanto pretendemos produzir. E essa não é uma definição aleatória, mas que depende do mercado que queremos atingir, da disponibilidade de matéria-prima e da concorrência que vamos enfrentar.
Além disso, é preciso avaliar, com cuidado, a disponibilidade de capital próprio e de terceiros. Depois, calculamos quanto precisaremos gastar na montagem de nossa agroindústria, ou seja, o custo das máquinas, equipamentos, ferramentas, veículos, mobiliário, imóveis e outros materiais permanentes que compõem o investimento fixo.


O que e quanto produzir


A análise financeira começa com a estimativa do plano de produção, que é a identificação do volume de produtos que pretendemos comercializar num determinado período de tempo. Depois, calculamos o valor do investimento físico - equipamentos e instalações necessários para o cumprimento das metas de produção - onde relacionamos as quantidades e os custos das máquinas, equipamentos, veículos, ferramentas e demais materiais permanentes.
Para definir o volume de produção de nossa agroindústria, consideramos os seguintes fatores:
- capacidade nominal dos recursos materiais, ou seja, capacidade nominal de produção das máquinas, equipamentos e instalações, além dos recursos financeiros;
- disponibilidade de matérias-primas, materiais secundários e embalagens;
- disponibilidade de recursos humanos na região.


O volume anual de produção de graspa para a nossa agroindústria é de 4.500 garrafas de 300 mL (7% de participação).


Custo de investimento


Nesta etapa da análise financeira, vamos saber quanto precisaremos gastar na montagem da agroindústria. Isso inclui as máquinas e os equipamentos utilizados na produção, as ferramentas, os veículos, os mobiliários e outros materiais permanentes.


Chama-se esse conjunto de investimento físico, porque são gastos feitos de uma só vez e que ficam agregados ao patrimônio da empresa.


Quem pretende entrar no ramo agroindustrial de processamento de uva para fabricar graspa precisa escolher cuidadosamente os equipamentos, instalações e materiais permanentes que vai adquirir. Em primeiro lugar, o maquinário deve ser de qualidade e ter a garantia de assistência técnica eficiente, para evitar que a produção fique suspensa, caso aconteça algum problema. Uma máquina quebrada ou mal regulada pode acarretar enormes prejuízos no momento em que as matérias-primas estão sendo processadas.


As máquinas também devem ter uma capacidade de produção adequada às necessidades iniciais da empresa, com uma folga que possibilite uma expansão futura.


De modo geral, os fabricantes dos equipamentos fornecem as especificações técnicas das obras civis necessárias para a instalação das máquinas. A partir delas, o procedimento ideal é encomendar a um profissional especializado - arquiteto ou engenheiro - a planta baixa e hidráulica (dos encanamentos de água e esgoto) e elétrica (das fiações) do imóvel) que atendam às especificações tanto para a área de produção como para as áreas de armazenamento e administração.


Para o processamento da graspa, são necessários somente um destilador e os recipientes para armazenagem. Além desses equipamentos foi prevista a construção de um galpão industrial para o funcionamento da cantina, com 140 m² de área útil.


Para fechar a tabela dos investimentos físicos, acrescentamos uma reserva técnica de 10% dos custos totais.
Veja na Tabela 1, qual a necessidade de investimento físico do nosso projeto.


Custos diretos


Os custos diretos estão relacionados com a produção e a venda. Esses custos apresentam particularidades em razão do tipo de atividade que a empresa exerce. Numa pequena agroindústria de processamento de uva, estão incluídos, nesses custos, os materiais diretos - matérias-primas, materiais secundários e embalagens - e a mão-de-obra direta - salários e encargos sociais dos recursos humanos ligados diretamente à produção.


Materiais diretos


O que se convencionou chamar tecnicamente de materiais diretos são as matérias-primas, materiais secundários, embalagens e demais materiais utilizados na fabricação de um produto, até o estágio em que ele chega ao consumidor final.


No caso de nossa agroindústria de processamento de uva eles são fundamentais para o bom resultado final dos produtos. Não há processo de fabricação e técnicas de comercialização que façam o milagre de suprir os requisitos de qualidade, se as matérias-primas empregadas na fabricação forem de má qualidade. Isso quer dizer que boa parte do sucesso do empreendimento vai depender dos seus fornecedores de matéria-prima. É importante que eles sejam idôneos, confiáveis e que garantam a qualidade constante nos fornecimentos.


Os custos dos materiais diretos variam muito de produto para produto.


Veja, na Tabela 2, a seguir, o custo anual dos materiais diretos necessários para a produção de 4,5 mil garrafas de graspa.


Mão-de-obra direta


Como em qualquer empresa, os recursos humanos são fundamentais para o sucesso de uma agroindústria de processamento de uva.


Você verá que, nesta parte de nosso estudo, não trataremos de todos os funcionários da nossa empresa, mas apenas daqueles que trabalham diretamente no setor de produção. Essa divisão pode ser uma novidade para você, mas é feita para permitir melhor planejamento e administração da empresa. Isso porque o trabalho dos operários está diretamente relacionado ao volume de produção de uma agroindústria, o que não aconteceu com o pessoal que trabalha na área administrativa. Uma secretária, por exemplo, trabalha oito horas por dia, quer a agroindústria esteja processando 100 kg ou 10.000 kg de uva.


É dos operários ou dos funcionários que trabalham diretamente na área de produção, que estamos tratando nesta parte de nosso estudo. Eles compõem o que chamamos de mão-de-obra direta de uma agroindústria de processamento de uva.


Para quantificar o número de pessoas para atender às necessidades da fábrica, é preciso um pouco de prática.


De acordo com empresários do ramo, para o volume de produção definido no nosso plano de produção, são necessários um técnico um ecologista e um auxiliar de produção, trabalhando em tempo integral, mas três empregados temporários, trabalhando três meses por ano.


O piso salarial dos funcionários é definido regionalmente pelos sindicatos da classe. Neste estudo, utilizamos o salário médio mensal para o enologista, de R$ 1.200,00, para o auxiliar de produção R$ 700,00 e para a mão-de-obra temporária R$ 500,00. É claro que esses valores são ilustrativos. Veja, na Tabela 3, como ficou o custo anual da mão-de-obra direta.


Depois de definido o número de empregados e os salários de cada um, vamos calcular a despesa anual com a folha de pagamento, acrescentando um percentual de 74,8%, correspondente aos encargos sociais, que são distribuídos como apresentado na Tabela 4.


É importante informar que alguns desses índices são variáveis como o número de faltas justificadas, o índice de rotatividade dos empregados, das férias, do número de feriados por ano, do índice de acidente de trabalho, de auxílio-doença, do Sistema ¿S¿ (Senac, Sesc, Senai, Sei e Sebrae), entre outros.


Custos fixos


Depois de calcular o custo anual dos materiais diretos e o valor da folha de pagamento, devemos nos preparar para arcar com os custos fixos do negócio, ou seja, aqueles que ocorrem independentemente da produção ou das vendas. Geralmente eles são compostos dos salários e dos respectivos encargos sociais do pessoal administrativos, e dos gastos gerais de administração.


O preço para manter o negócio


Nesta etapa da análise financeira, já conhecemos uma série de dados e informações importantes:


- o volume anual de produção;
- a quantidade e os volumes das máquinas, equipamentos e demais matérias permanentes que formam o investimento físico;
- as quantidades e os custos anuais dos materiais diretos;
- o quadro de pessoal e o valor anual da folha de pagamento, incluindo salários e encargos sociais.


Agora, vamos calcular os custos fixos anuais da agroindústria, isto é, as despesas de manutenção, necessárias para manter o empreendimento funcionando.


Os custos fixos são aqueles que não estão associados às quantidades de produtos processados, mantendo-se dentro de um mesmo patamar, independentemente, do aumento ou queda da produção ou das vendas. Esses custos ocorrem mesmo que a agroindústria não venda ou produza nenhum bem, sendo necessários para a manutenção do negócio em funcionamento, daí serem também denominados de custos de funcionamento ou custos de estrutura.


Geralmente, os custos fixos são compostos pelos salários e pelos encargos sociais do pessoal administrativo (secretárias, contínuos, vigilantes, gerente-administrativo, etc.; gastos com aluguéis; retirada pró-labore dos sócios; materiais de limpeza e conservação; materiais de expediente ou de escritório; honorários profissionais(contador, advogado, engenheiro, etc.); além dos gastos com depreciação, seguro e manutenção do investimento físico.


Para fins do nosso estudo, utilizamos uma média de valores para os custos fixos, já que eles variam muito de região para região. Eles dependem também, do estilo gerencial que o empresário imprime no seu negócio e do nível de simplicidade ou sofisticação da empresa.


Os custos mensais de depreciação, manutenção e seguros são calculados utilizando-se percentuais definidos em lei, que incidem sobre o valor do investimento físico. Para o gasto de depreciação dos equipamentos, por exemplo, o percentual é igual a 15% por ano. Assim, para se saber qual será o custo anual de depreciação dos equipamentos, por exemplo, aplicamos esse percentual sobre o seu valor, ou seja, 15% de R$ 131.100,00 = R$ 19.665,00.


Confira, na Tabela 5, a seguir, os custos mensais de depreciação, manutenção e seguros e, na Tabela 6, como ficam os custos fixos anuais do empreendimento.


Tabela 5. Custo anual de depreciação, manutenção e seguro.




Custos de produção


Agora, que já conhecemos o custo anual dos materiais diretos, o quanto vamos gastar com a mão-de-obra direta e com os custos fixos, já temos todas as condições para calcular o custo de produção.


Veja, a seguir, os principais fatores que compõem o custo anual de produção da nossa agroindústria de processamento de uva.


Quanto custam os produtos finais


É muito freqüente considerar que os custos de produção de um determinado bem são compostos exclusivamente pela matéria-prima, embalagem e outros materiais diretos utilizados em sua fabricação, esquecendo-se de agregar àqueles preços outros custos, como o de mão-de-obra direta e os custos fixos.


Para não incorrer no mesmo erro, lembre-se de que o custo de produção é, por definição, igual à soma dos custos dos materiais diretos, com o rateio dos custos fixos e dos custos da mão-de-obra direta.


Assim, se quisermos saber o Custo de Produção (CP), isto é, quanto vai custar produzir cada garrafa de vinagre, basta somar esses três itens: Materiais Diretos (MD), Mão-de-obra Direta (MO) e Custo Fixo (CF), e dividir o resultado pelo Volume de Produção (VP), ou seja:


CP = (MD + MO + CF) : VP


Os rateios são calculados proporcionalmente às quantidades fabricadas de cada produto, utilizando-se, para isso, o percentual de participação apresentado anteriormente: Assim, se quisermos saber o valor do rateio dos custos da mão-de-obra e dos custos fixos da graspa, por exemplo, basta aplicar o percentual de participação do produto (7%) sobre os valores do custo anual da mão-de-obra e do custo fixo para o mesmo caso.


Depois, somando-se o custo dos materiais diretos para o mesmo produto, com o rateio do custo de mão-de-obra direta e o rateio do custo fixo, temos como resultado o custo anual de produção.


Finalmente, para calcular o custo unitário de produção, basta dividir o custo anual de produção pela quantidade fabricada de cada produto. Assim, o custo unitário de produção é obtido pelo custo mensal de produção dividido pela quantidade anual de produção.


Veja, na Tabela 7, como ficaram nossas contas.
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http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Graspa/SistemaProducaoGraspa/custo.htm